terça-feira, 13 de julho de 2010

Diário de uma viagem.

Uma quase paixão de verão.
Viajei, não sei ao certo como, mas havia a chancde de sair da cidade e respirar novos ares com um aniversário de uma amiga em uma ilha, praia, sol, natureza...e eu fui.
Despretenciosamente, a viagem foi uma aventura do início ao fim, desde acordar 5 da manhã de um domingo para ir ao porto pegar a embarcação, à maré, às pessoas que tive a oportunidade de conhecer. No entanto, dedico esse post, aos rastafaris: Raul e Irlan.
Raul foi um hippie que tentou me convencer a ser sua esposa e virar rasta, queria por que queria me fazer um rasta de presente e nem preciso dizer a discussão que isso rendeu, explicar que estudo Direito...devia ser "direitinha" para a sociedade para conseguir as mudanças que almejo. Ele por sua vez me retribuiu com diálogo super inteligente e me disse que é tão difícil alguém de fora conversar com eles pelo pré-conceito...e eu além de ir contra os outros, ainda o compreendia...que aquele era o verdadeiro sentido de ser a mulher de alguém, ser companheira e compreensiva. Aquilo martelou minha cabeça. Nós mulheres precisamos de papéis? Eu "talvez" o tenha compreendido, pela facilidade de me relacionar com as mais variadas pessoas, mas e ele..será que me compreendeu?( fica a sensação de que a mulher tem sempre que ser a compreensível, a amiga, o braço direito...).
Irlan, desde que eu cheguei, quando vasculhei meus olhares, encontraram os dele muito facilmente, como dois imãs que se atraem. Ele me deixou muito curiosa, quem seria aquele rapaz jovem com olhar intrigante, que estava em meio a uma galera hippie mas se diferenciava na vestimenta e no estilo. Trocamos olhares várias vezes...até que nos encontramos no lual que teve na beira da praia, quando todas as tribos se encontraram. A falta de iluminação, a música que Thiago(outra figura que conheci) tocava e que depois Irlan fez questão de tomar o violão e me seduzir com sua voz e músicas lindas. Me lembrou cenas de filme. Me lembrou que não sei viver sem paixão. Me lembrou de viver!
Irlan tocava me olhando, seu olhar brilhava em meio a escuridão da noite e a pouca claridade da lua e das estrelas. Como se cada gesto dele, ele fizesse diferente na intenção de me conquistar. Até que ele tocou meus cabelos...arredou pra juntinho de mim, numa magia. Tudo tão cheio de significados, que me fez ver beleza em qualquer coisa que passasse longe de beijos e sexo. Pelo resto da noite eu senti medo, medo de ficar perto dele, medo do que eu poderia sentir, fazer.
Bebi...como era a minha maior distração, passei da conta. Foi tudo o que fiz com o excesso de liberdade que me fora dado, sem ninguém para me impor nada, livre de pre-conceitos, livre de chateações, quaisquer preocupações...era eu e a natureza, um casamento lindo de espirito, mas que eu quase "estraguei" bebendo demais. Dormi, apaguei...nem sei como, mas acordei com outras roupas, limpinha e dentro da barraca e era quase de manhã...a ultima coisa de que realmente me lembrava, era da sombra do rosto dele, dos olhos e da voz. Medoooo.
Levantei e contemplei o nascer do sol, sozinha, em uma ponte direta com Deus. Viva, humana, sentindo e vivendo. Feliz. Sensação de completude. Andei, andei, entrei na água e já cansada voltei pra barraca. Quando levantei de novo, todos acordados, como uma sincronia, sons de vozes, risadas, reggae tocando, o vento perfeito. E indo atrás de café...o vi e não tinha certeza de quem era...mas os olhos me eram familiares. Estava mais uma vez aquele grupo de rastas e 1 único olhar familiar presente. Olhei e olhei...não conseguia não olhar. E resolvi ir pegar sol...dormi no sol, uma puta ensolação, mas eu nem sentia nada. Quando levantei uma amiga disse, amanda o cara do violão está procurando você, disse pra ir até ele. Fiquei aflita, não fui. Quando reunimos de novo na beira da praia, chega um homem de violão e vem na minha direção só pra me comprimentar, dizer que me adorou, sentou-se e começou a tocar e cantar pra mim,(Thiago) era dia ainda, eu o olhei nos olhos e nem sequer me lembrava daquele rosto, ou de qlqr coisa. só do violão. Me esforcei para não ser tãão indiferente. Saímos para almoçar..e quando estou comendo, que levanto o olhar lá estava ele(Irlan), aquele par de olhinhos brilhantes no horizonte, terminei o almoço e fomos caminhando pela praia eu e minhas amigas, quando menos espero ouço: -Amanda(baixinho), olhei na dúvida de ser coisa da minha cabeça...e lá estava ele, de pé me esperando (até agora não sei se ele realmente me chamou, ou se eu senti , por que ninguém ouviu, só eu). Nossa, eu parei e o pessoal seguiu em passos largos para nos deixar a vontade. E a medida que ele se aproximava, a curiosidade de vê-lo de perto aumentava, para tentar reconhecer algo como o sorriso, mas só o olhar me era familiar, ele perguntou:- Você lembra de mim Amanda? e eu lembrei da voz, nem imagino qual tenha sido minha cara de aflição, mas quando ia responder..ele disse: "ontem de noite, violão..."...e eu num suspiro, ah sim( era ele, um alívio de ser ele). E ele ainda disse: "Você lembra de quando eu disse o quanto você é linda? Por que eu lembro de tudo, inclusive desse teu sorriso apaixonante". Nossa, eu fiquei muito sem jeito, caminhamos pela praia no sol quente de matar e conversamos sobre várias coisas, sobre a viagem, sobre o estilo dele de vida, sobre a minha vida. Ele respirava música e liberdade. Me apresentou uma praia deserta lindaa, andamos entre as pedras, fizemos uma pequena trilha de aventura. Ele tomava todo cuidado comigo e eu por mais que quisesse me sentir insegura, não conseguia sentir medo e sem nem saber o porque. Começou a chuver e antes que ficassemos presos com a subida da maré e não conseguissemos mais voltar, voltamos. O mais incrível é que quando voltamos todos nos olhavam como se tivessemos feito uma infinidade de coisas...e tudo o que fizemos foi conversar e trocar olhares, foi quando me dei conta de que não preciso de contatos físicos para me sentir tão bem, aliás sequer o beijar é que tornou tudo perfeito. Ele pegou minha mão e me disse: "Amanda, você é a minha paixão de verão, a paixão que eu procurava e não mais esperava encontrar. Se você não for embora, podemos vivê-la, sem medo e eu sei que você não pertence ao mesmo mundo que eu, então tudo ficará aqui, nessa ilha". Eu nem soube o que dizer, estava muito reflexiva quanto a me entregar a um desconhecido, me apaixonar não era de longe uma opção, ainda me sentia em recuperação masculina. Percebi uma frieza em mim, que me assustou, e disse...paixão de verão é coisa de mulher, voces homens não são sensíveis a isso. E ele disse: "eu sou! E não vou desgrudar de você até que vá embora". e completou: "É muito triste que você vá assim, ficar sem você, não queria que fosse assim" e eu disse friamente que a tristeza era uma escolha, que ele poderia fazer como eu e ser positivo, que poderíamos ainda nos encontrar, e o "Adeus" ser apenas um "até logo", pedi que ele não ficasse triste, ele insistiu ainda que eu batesse uma foto com ele no meu celular e eu recusei inventando desculpas que na verdade eram mais uma vez o medo falando mais forte. Então ele se afastou dizendo já voltar. Fiquei com medo, tanto medo que entrei na barraca e não quis mais sair. Minha amiga tava lá e percebeu, disse que me entendia, mas que ele parecia especial, que eu vivesse já que iria embora, deveria aproveitar. E meu bom senso, misto de prazer e dor e medo de sofrer, medo de viver, me fizeram suar dentro da barraca abafada, pensando e pensando. Olhei pra fora da barraca 2 vezes e ele me olhava me esperando e eu não tive coragem de sair. Quando saí foi para tomar banho e ir embora, todos já estavam prontos para ir. Procurei-o por que ele me pedira para não ir sem antes me despedir. Mas não o encontrei, não sabia se era um alívio, ou triste. Quando o pessoal atravessava a ponte quebrada em malabarismo, eu o vi saindo da água da praia, todo molhado, e acenei umm "tchau" na esperança que ele visse, ele olhou mais uma vez assustado e eu virei de costas e segui, um amigo vinha atrás de mim para atravessar a ponte. Quando senti então aquela mão molhada atrás de mim, virei assustada, era ele ofegante, pedindo licença ao meu amigo para se despedir de mim, me beijou no rosto, abraçou e sentiu meu cheiro no pescoço e disse: "Eu vou te encontrar de novo, nem que eu precise ir a algodoal no fim do mês". E a ultima imagem que guardei dele ficou feito foto na minha mente, o olhar brilhando ao me ver, mas escondendo uma tristeza muito forte por trás, de duas pessoas que se encontraram por acaso e que podem nunca mais voltarem a se ver.
Todo mundo que atravessava a ponte me viu pra trás com ele. E eu não disse absolutamente nada pra ele, calada estava e calada fiquei, sem reação, a ficha não havia caído. Mas sinto que ele me entendeu, sem dizer NADA eu me senti compreendida, pelo olhar, alguém do sexo oposto finalmente compreendeu meu olhar, a essência, alguém do sexo oposto finalmente não tentou me beijar, me tocar em áreas eróticas, nem passou maldades ou segundas intenções.
Afinal de contas, o que será preciso para me conquistar? Fiquei e ainda estou intrigada, pois percebi que não é dinheiro, nem status, nem perfeição estética, nem grandes expectativas de vida, eu só precisava ser compreendida, só preciso disso para ser feliz com alguém. E foi o que me deu medo, o que me assustou, ver que qualquer ser humano que me compreenda tenha a capacidade de me conquistar. Sigo, sem saber como teria sido se tivesse tido coragem de ficar, ficar com ele, viver a paixão, que tinha forças poderosas, isso eu pude sentir, forças que eu até desconheço. Ele me conquistou, com cuidados que já nem acreditava mais existir. E no fim optei em guardar a lembrança dele mais idealizada e bonita, não a de um garoto perdido sem dinheiro, pobre, sem futuro, que consegue viver lavando pratos para comer. Que falava comigo quase 16:00h da tarde sem ter conseguido sequer almoçar ainda e demonstrava certa fraqueza de má alimentação e nem por isso era menos bonito, que vivia com hippies em busca de aventuras, bebidas, longe da sociedade e da civilização, por opção de vida. Mas quem de fato ele era? Eu não sei, mas sinto que o pouco que sei me basta, ele me pediu que não o esquecesse mas o que ele não sabe é que não precisava ter pedido, por que de alguma forma ele conquistou um pedacinho da eternidade na minha memória.
Aprendi mais coisas essenciais nessa viagem e espero que seja a primeira de muuuuuitas que me deixarão memórias maravilhosas, a viagem foi rica de detalhes, de fatos, destaquei o Irlan por que ele mereceu, mas me sinto tão bem, bem por ter voltado pra casa, por ter boas recordações, por ter ido, por ter conhecido. Não sei se voltaria no tempo e faria tudo diferente, se teria tido coragem de viver, pois acredito que certas coisas não precisam ser concretizadas, a magia está exatamente nisso, em imaginar, em idealizar, no gostinho de não ter beijado e se permitir criar um gosto e uma sensação para aquele beijo, caso tivesse acontecido.
Ser valorizada e conquistada como Mulher, não tem preço, ver a admiração de outras pessoas pelo nosso ser feminino, sentir a energia da força da paixão de alguém por nós, engrandece e dá um impulso divino na caminhada da vida. Sem pretenções eu vou seguindo vivendo e me surpreendendo muito mais com a beleza de ser mulher.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quero todo o querer!

Hoje eu só quero querer o não querer.

Querer que o prazer
não me faça querer-te.
Querer ver o amanhecer
sem querer te querer.
Querer acordar sem querer
ter sonhado ou pensado em querer-te.
Querer não ver o teu sorriso para querer
ter o meu próprio riso.
Querer o meu bem-querer maior
que o querer-te bem.
Querer o teu bem querer
acima do querer-te meu.
Querer que o não querer
me queira querer-me.
Querer um dia o teu querer
em não querer-me.
Querer que o teu querer seja igual
ou maior que o meu querer.
Querer que me queiras não mais
querendo ser esse ser.
Quero ainda não o querer ainda mais.
Quero um querer que não posso sequer ver.
Quero não padecer de um querer
que não posso ter.
Querer que o querer amar-te supere
o querer-te meu e mal.
Quero um dia não querer a esperança
de querer te ter.
Querer que um dia, quem eu queira
me queria também.
Quero agora mais que tudo,
não mais querer,
mas o meu querer-te ainda é forte.

Querendo-te menos, sigo, porém querendo.
Querendo querer aprender a me querer bem melhor.
Querendo não querer a tua risada mais gostosa.
Querendo não mais querer sentir o teu cheiro.
Querendo que meu querer não vicie em querer-te.
Querendo que tu me queiras mesmo quando eu não
o quiser mais.

Quero querer precisar só de mim.
Quero! Quero! Quero!
Querer sempre mais para mim!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cuidados p/ solteiras


Nada é mais normal do que querer vivenciar novas experiências, conhecer novas pessoas, sentir sensações inusitadas, ansiedade, expectativas e o simples prazer que o desconhecido possa nos causar. É natural nos sentirmos deslocadas e nos fazermos perguntas constantes como: e agora? Como será? Ver o mundo por novas perspectivas pode gerar surpresas agradáveis e desagradabilíssimas, para evitar que você possa vir a cometer erros cruciais que ao invés de fazer com que se sinta melhor a afunde ainda mais a auto-estima, o amor próprio, segue em síntese uma listinha de coisas a serem evitadas, se possível, contando, porém que sempre haverá erros necessários para que se aprenda com maestria determinadas lições de vida.

1- De início, você não está acostumada a se sentir só, mas veja bem você possui duas opções: a primeira achar que estar sozinha é o fim do mundo e ir atrás de alguém que preencha instantaneamente essa solidão, ou segundo aprender a estar consigo mesma sabendo curtir como sendo uma fase essencial da sua vida em que precisa aprender coisas novas, chama-se para algumas: superação.

2- Aceitando sua condição de solteirice e sabendo lidar com o fato de estar sozinha é preciso driblar a solidão, pois veja bem, não ter alguém não significa que você deva se sentir vazia ou incompleta, mas que você não possui obrigações com aquele companheiro, que agora vive por você e pra você para se satisfazer primordialmente. E acredite nisso, não se deprima, reaja a e cuide-se, faça de tudo em você que a faça sentir-se bem e de fato sinta-se assim.

3- Nada é pior do que não acreditar que é preciso aprender a estar sozinha, atropelar essa fase pode lhes render maior fragilidade, cair no lance de que um amor esquece o outro, isso não é verdade e sabem por que? Primeiro por que se foi amor, tão logo você não o esquecerá ou o suprirá com outro mas sim com outras formas de amar, amor de amigos, familiares, animais...isso sim a ajudará. Não seja egoísta e tola em cogitar entregar-se a alguém tão rapidamente e querer que tudo seja perfeito e belo ou mesmo que supere o sentimento anterior, é falho, é imaturo, não é inteligente.

4- Busque um equilíbrio emocional, estabeleça metas e objetivos pessoais e busque-os. Ocupar-se é essencial, de modo que fará com que você foque em coisas que merecem mais atenção nesse momento e seu coração não é um deles. Ele se torna bastante traiçoeiro, vai tentar causar algumas confusões emocionais, fazendo com que a tua carência em ter alguém possa ser suprida com doses pequenas da companhia de alguém, vai tentar te enganar com pessoas “certas” pra você e vai manipular tua mente para sentimentos nem um pouco saudáveis, não só por outras pessoas, mas por você mesma. LUTE!

5- Há quem ache interessante “curtir” essa fase pegando sem se apegar e é outro erro lamentável. Meus caros, tive a prova esses dias que mesmo o cara mais calhorda, aquele que pensamos não poder se apaixonar por que está em uma fase complicadíssima de vida, então de repente: bum! o cara aparece apaixonado e acreditem é possível! Na verdade, no fundo, ninguém sai curtindo por aí atoa, por passagem de tempo, quando o fazemos é em busca de encontrar alguém que nos dê aquilo que nos falta, atenção, companheirismo, cuidados, ou por que queremos ocupação em dar isso a alguém, pode não ser fulano, cliclano, beltrano, essa fase pode durar anos ou 1 mês, quando a pessoa encontrar quem goste e a dê o que acredita precisar, haverá um sentimento e é fato. Por tanto dizer que não quer nada sério com alguém, ou que só quer curtir, é tudo uma grande e enorme faixada. Por isso, se não quiserem de fato estar com alguém, cair no erro de machucar-se ou machucar outro alguém, se não estiverem bemm o suficiente para se envolver, fiquem a sós.

6- Cuidado para não cultivarem em demasia o afeto de alguém por vocês, pois o mundo dá voltas, de repente o jogo inverte e o que era só um passatempo vira um jogo sentimental pesado que desencadeia muita angustia, sofrimento e mágoas. Assim é preciso ter em mente que em se tratando de ser humano muitos sentimentos são possíveis e muitas coisas pela complexidade mudam, por isso, ter cuidado com quem escolhe se envolver, confidenciar suas intimidades, ter casinhos simplórios, ou ter uma amizade profunda nessa fase é de suma importância. Nesse momento você precisa de muitos cuidados, qualquer coisinha ou probleminha a mais pode se tornar um mundo de esculhambações e tristezas, portanto, evite confusões, prefira tudo o que for simples e belo por tal.

7- Quando aprender a se cuidar e resolver abrir o seu coração, não pense em olhar para o ex que de repente parece mudado ou incrivelmente atraente, pois você mudou, você não é mais a mesma e nem ele, querer iludir-se de que poderão repetir sensações maravilhosas que já viveram juntos ou até mesmo melhorá-las seria criar expectativas sobre algo que não existe mais, aquela pessoa morreu, você também renasceu, ela servirá para lhe lembrar de como chegou onde está e de como aprendeu a lidar com o ciclo da vida e o fluxo das pessoas que vêm e vão por ela. É lindo!

8- Sugiro que o próximo passo então seja deixar ir, se livrar do passado, saber viver com tudo o que viveu, saber dar a importância e o valor que cada um na sua vida merece, não se desvalorizando jamais, você irá conhecer inúmeras pessoas a “certa” virá mais cedo ou mais tarde,é preciso estar bem consigo mesma para saber valorizá-la quando aparecer, é preciso ter paciência, saber escolher o melhor para você e estar disposto a dar a cara a tapa se preciso for, lembrando sempre que o amor deve ser essencial e que o verdadeiro amor é saudável e não machuca nem traz dor e sofrimento.

9- Se cometeres o erro de entregares a pessoa extraordinária que és a alguém que não o valorize mais uma vez, saiba recomeçar, porém o faça de uma maneira mais sólida e polida, sempre procurando entender a extenção daquilo o que sentes, para não confundir-se, lembrando sempre que "não pode temer se perder quem não sabe ao menos aonde vai, a nossa vida toda é uma mão fechada no mistério"-já disse Fernando Pessoa-, caminhos antes óbvios podem tornar-se complexos então além de cuidados é preciso muita coragem e força.

10- FORÇA: Por fim, seja forte, viva, humanize-se quando começar a congelar-se em meio a frieza de não sentir, ouse dar chances quando se achar pronto e consciente de ter se recuperado de outra pessoa, de si mesmo. Nunca confunda amizade com desejos, repito: não confunda amizades com desejos. Esse erro é o mais terrível, você se desespera por não encontrar alguém já passado um tempo que acredita que já deveria ter encontrado, conhece pessoas que não o despertam interesse profundo e começa acreditar erroneamente que aquela pessoa que é seu braço direito, que sempre esteve com você, ao seu lado é o amor da sua vida, então você pensa: Nossa como eu fui idiota por não ter visto? NÃÃOOO, você está sendo idiota agora, e dos grandeeees quando ousa arriscar um sentimento tão puro e bom com joguinho de confusão sentimental, tenha maturidade para usar a maturidade que você conquistou ao longo de todo esse percurso, afinal experiência é aquilo o que você escolhe fazer com as coisas que viveu, então use-as de maneira sensata, tenha bom senso, as amizades são sempre o que irão ficar em meio a turbilhões sentimentais, não arrisque-as por confusões quaisquer: JAMAIS!!! É 99% irrecuperável os danos causados, restará não só ir atrás de alguém que lhe caiba, mas de um amigo e meu caro, todos podemos não ter um companheiro amoroso, mas sem amigo não somos nada, absolutamente nada!

Bom, espero ter ajudado com um pouco da minha experiência, cometi muitos erros que nem me dei à vergonha de expor no post, mas acreditem tudo o que escrevi não só foi vivido por mim mas por muitos, logo é preciso almejar sempre equilíbrio emocional, não é fácil equilibrar razão e emoção, eu sei, mas buscar isso em si já garante muitas conquistas e esses ganhos são maravilhosos. Não curtam a superficialidade achando que irá lhes suprir, nada supri a alma se não for profundo e no fundo padecemos de alma mesmo, só que poucos entendem disso. Atentar a tudo o que nos permeia é se importar em ser humano, em sentir e isso sempre sempre valerá a pena não importe o quanto você viva, sofra ou sinta...ao menos SINTA!!

Meus dias...

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Ai vida, confesso que andei entediada alguns dias atrás, havia completado 2 semanas de férias, sozinha, haja visto que todos os amigos ainda enfrentavam trampo, aulas, provas, e suas ocupações e eu sem absolutamente nada para fazer. Mergulhei no tédio quando cansei de ouvir meu irmão dizer essa palavra, logo na primeira semana de férias. Cheguei a pensar engenuamente que minhas férias inteiras pudessem ser assim e nem preciso dizer quanto sofrimento antecipado isso me causou.

Hoje, livre de tensões por excesso de ociosidade e ansiedade, após ter começado a ler Paixão segundo G.H (Clarice Lispector) e O encontro marcado (Fernando Sabino), eles tem sido uma excelente companhia, consegui até combinar com o Dinho para que lêssemos juntos e assim fossemos trocando ideias e experiências de leitura, já que o convenci sem grandes esforços a comprar "Encontro marcado" no shopping quando nos encontramos casualmente após uns 4 anos sem nos vermos( lembrei ter dito 6, por ter enjoado de tanta coisa na minha vida ter acontecido em 4 anos). Foi um encontro tão "aconxegante", daqueles que você sente o quanto gosta de uma pessoa ao abraçá-la, aquele encaixe perfeito como se houvesse muita compatibilidade entre duas pessoas, a troca de afetos e tudo o que envolve os sentimentos ali manifestos. Ele sabe do cheirinho agradável que não saiu das minhas narinas até agora, devido minha memória olfativa, mas não era um odor de uma fragrância conhecida ou demasiadamente deliciosa, era um cheiro único, peculiar dele...que confesso jamais esquecer.

Depois de encontra-lo e trocarmos poucas palavras, mas nem ter sentido a falta delas em meio as expressões e a companhia tão satisfatória dele e de minhas 3 amigas, passeamos pelo shopping, comemos, rimos e afazeres deste tipo, com pessoas que tanto estimo me relembram a calorosidade humana, do quanto eu preciso dessa afetuosidade toda para ser feliz.

Nesse mesmo dia ocorreram duas coisas bastante curiosas, a primeira que a caminho do shopping, cansada pela farra da noite anterior e de não ter dormido nada em meio a tantos afazeres em um sábado que deveria ser "Morto", eu no ônibus sonolenta com o fone de ouvido ao contemplar a paisagem já batida do percurso do ônibus, me deparei com um jovem em um posto de gasolina e como curiosa que sou, fixei nele meu olhar para ver se o conhecia, se era "bem afeiçoado" ou por falta do que olhar mesmo e notei que nossos olhares haviam se encontrado, não acreditando naquele evento olhei ao meu redor para certificar-me de que era comigo mesma e para minha surpresa não só era, como ele fez gestos para que eu descesse do ônibus e o encontrasse, nossa eu tomei um susto, por que foi tão por acaso, foi quando tentei reparar melhor sua feição e tudo de que consigo me lembrar é que era um moreno forte, do tipo saradão, com uma bermuda camiseta e chinela, alto, bonito, sedutor pela maneira como me olhava, estava dirigindo um Civic prata e despertou-me muito interesse, não pelo fato de estar em um carro ou por ser bonito, mas pela forma com que me olhou e demonstrou interesse publico por mim, para que não só eu me admirasse mas todo o ônibus, os que estavam no posto de gasolina. Fiquei absolutamente perplexa, era fim de tarde, o que além da sensação de tranquilidade me fez pensar: -Será ele uma oportunidade de ser feliz? -Ou será ele mais um idiota ou psicopata? Como meu bom senso falou mais alto, eu o segui pelo olhar enquanto o ônibus seguia e ele me acompanhava meio que agoniado e eu aflita por não poder fazer nada, embora quisesse de verdade matar a minha curiosidade do "como teria sido", definitivamente visualmente ele preenchia todos os requisitos, mas de todas as indagações ficou uma, a de que eu renovei as esperanças quanto a encontrar alguém, não que eu esteja procurando, mas que pense que talvez ainda exista nessa cidade alguém para mim. Renasceu um sentimento novo em mim. Cheguei no shopping com sorriso de orelha a orelha, contei as amigas, depois tomamos 1 gelada no bar das amigas, reencontramos outra turma, a Bia uma amiga que a tempos não via estava presente, não sei se pelas chateações passadas, mas o clima não era dos melhores, nem dos piores, mas não nos fez querer prolongar ali por muito tempo. Quando por fim cheguei em casa, o cansaço pesou de 24h acordada, fui ainda ao computador esperar uma amiga que viria dormir aqui e então dormirmos fofocando.

No domingo, eu estava bem tranquila, a elo aqui queria fazer algo, então decidimos com outros amigos irmos ao Açaí Biruta, quando chegamos o sufoco era tamanho, tanta, mas tantaaa gente que nos sentimos desconfortáveis, em meio a bagunça encontrei algumas pessoas, fichinhas repetidas como sempre e uma delas me causou certa intriga, (queria poder ser mais óbvia) então nesse domingo eu decidi por em prática o que meu primo havia dito e outros amigos, aproveitar minha solteirice, dar a cada um o que merecem de mim e meu objetivo foi pura e simples diversão, dancei muito, conheci pessoas e terminei a noite com um garoto que não queria mais me largar e eu já cansada de dançar, depois que a festa já havia basicamente esvaziado e meus amigos estavam me chamando foi que pude largar o Diogo e então reparar que além de dançar bem ele era legal, tinha um papo agradável e era muuuito bonito, parece que na cidade os homens têm se encontrado em academias, por que agora só conheço meninos com "tanquinhos", não é meu estilo favorito, mas confesso que superficialmente aumenta a vaidade. Foi quando não quis trocar nem números nem nada, por que de coisas superficiais eu estou farta, muito fácil sair e encontrar 1 gatinho sarado e malhado, que fique colado em mim feito chiclete e possa eventualmente me satisfazer fisicamente...enfim, saí bem da festa, cumpri meu objetivo de diversão, e encerrei meu fim de semana bem comigo mesma e com o mundo. Não vou esquecer por um tempo a cena e a sensação de um desconfortozinho que passei lá com uma tal pessoa, mas isso vai me ajudar a ter mais cuidado com quem me envolver, com quem abrir minha vida e partilhar de certas intimidades, definitivamente não será fácil o tiquet pra fazer parte de mim e da minha vida. E para pessoas como ele, deixo a lembrança de algo que veio e se foi, o que me relembra do fluxo da vida, que pessoas vêm e vão, hoje não tenho mais problemas com isso, aprendi a viver com o que tenho, com as pessoas que estão aqui,..... amanhã?? ahhh que venham!

Honestamente tenho trazido comigo que não há mais necessidade da pressa de se viver tudo, haverá vários amanhãs, vários sois, cada um para ser contemplado de um jeito especial e em cada dia haverá algo em mim diferente para olhar a tudo de maneira diversa, slow down é meu lema, não significa que eu vá reduzir a intensidade com que vivo cada dia, mas que viverei cada coisa em intensidade de uma vez e não tuuuuudo ao mesmo tempo. É preciso saber degustar os momentos, para apreciá-los como merecem e saber dá-los seus devidos valores, tal como às pessoas, tal como à mim.

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