segunda-feira, 3 de maio de 2010

O que me faz bem tb faz mal!


Ontem depois de muito tempo, muito mesmo eu reencontrei uma galera muito legal que faz trabalho social, fui com eles a uma visita ao Abrigo João de Deus, na cidade velha. Foi inexplicável a sensação de prazer que eu particularmente sinto em estar com eles e em fazer uma boa ação. Me senti, não como se devesse aquela assitência ao mundo, mas devesse a mim mesma aquela satisfação.
Portanto, a manhã de domingo foi muito proveitosa, não pensando em mim eu me fiz bem. Porém, o resto do dia eu retomei a minha vida habitual e tentei organizar meu problema mais recente chamado "D". Como explicar...devido meu já conflito de sentimentos e minha pré-determinação em adotar o estilo positivo de viver, ou seja, optar mesmo pela positividade cotidiana, de que tudo vai dar certo e que de tudo o que realmente importa são as coisas boas. Nesse ritmo, conflituoso, eu conheci alguém. Lógico que tenho conhecido várias pessoas, mas esse alguém em especial mexeu mesmo comigo e vou explicar o porque.

Terminado um relacionamento em que eu acreditei realmente que seria eterno(imaturidade) , eu me vi sem chão, curti a fossa com tudo que se tem direito, extrapolei o recorde da família em sofrimento, como se eu precisasse sentir aquilo tão intensamente para aprender a me valorizar, a valorizar as pessoas a minha volta e por fim amadurecer.
Diante dessa transformação e fase de grande amadurecimento, eu tomei outras coisas como prioridade na minha vida, como por exemplo, a minha própria vida, passando a viver por mim, cuidando e valorizando mais o que vem de dentro. E a quase 4 meses solteira( algo praticamente inédito), procurei experimentar de tudo um pouco, literalmente, coisas que me fizessem bem, óbvio! Mas o tiro muitas vezes sai pela culatra. Me machuquei sim, por diversas vezes e esses machucados me trouxeram frieza como consequência, por que eu não nasci para sofrer mesmo!
Quase recuperada de muitos abalos emocionais, conheci "D"... confesso, não me interessei de cara, pela frieza, ceticidade ao lidar com o mundo de valores deturpados e cansada de me deparar com homens que realmente não valiam a pena, eu simplesmente passei a ignorar as chances de me entregar a alguém. Mas "D" foi um tanto persistente e consegui ver nele pequenas coisas e valores que não via a...hum..desde meu ex. Então, meio que despretenciosamente dei-lhe a chance de me conhecer, achando que seria uma boa oportunidade. No entanto, meu lado sentimental, carente de cuidados e atenção começou a contrastar com o lado frio, calculista e racional, o que pra mim gerou sérios problemas.
Primeiro, por que há momentos em que eu realmente quero "D" em minha vida, sinto saudades, sinto vontades, sinto carinho...esses sentimentos me mostram que estou me curando de outras feridinhas e como me fazem bem, me fazem querer mais e mais provar deles. Mas o medo de começar a gostar de verdade tão cedo me atordoa.
Em segundo, eu sempre fui a favor de dar a cara a tapa por alguém e nas duas vezes em que fiz isso, fui bem sucedida, fui feliz 4 anos nas duas vezes totalizando 8 anos...a chance de isso acontecer de novo devido os últimos acontecimentos, é remota!(sendo racional).
Depois, esse medo me fez ver coisas muito negativas nessa pessoa, estranhá-la e ao querer me proteger desses males eu comecei a agir de modo a afastá-lo de mim. E ele por sua vez foi mesmo se afastando, com uma facilidade incrível. Como se estivesse correndo num fluxo perfeito contra mim...pra bem longe sabe.
Por fim, cheguei eu a conclusão de que além da positividade devo adotar a não ansiosidade, não criar expectativas pelas pessoas, não cobrar, deixar rolar sim, mas me precavendo continuando sendo seletiva, querendo crer que o que tiver de ser meu será e gostará de mim como sou e tudo acontecerá saudavelmente.
Contudo,as coisas na minha vida que me fazem bem, me viciam...esse descontrole que eu tento tão incansavelmente controlar, me cansa demais, me transforma em algo que eu não sou, ou pelo menos acredito que não. Só o que diferencia o que me faz bem do que me maltrata é a dose, como de um remédio pra um veneno.Então, sendo assim: Como achar a minha dose certa para as pessoas que eu gosto? como obter a dose certa delas para mim?? de modo que as relações sejam saudáveis e sejamos felizes.
Ou sendo bem direta:
Por que não consigo dar a minha dose perfeita à "D" e insisto em querer mais dele, me fazendo mal...fazendo mal a ele.Ou será que eu simplesmente não estou pronta para um relacionamento, ou ele não é o cara certo. O fato é..não estou bem com a situação e relacionamentos deveriam fazer bem, não? do contrário não valem a pena.

Bom, eu sei que com "D" ou sem "D"... eu vou seguindo tentando ser feliz. Se não morri sem meu primeiro grande amor, sem "D" com certeza eu também não morrerei rs ( frieza). Mas confesso queria continuar com a sensação boa que ele me fez voltar a sentir ,sem me sentir mal . Todavia, se eu sou muito mais do que eu mesma possa alcançar, quem dirá a vida. O bom de tudo (positividade) é que agora eu sei que sou capaz de recomeçar no amor, eu penso que se não abriu uma porta ainda, de certo abriu uma janelinha no meu coração.


Boa Sorte no amor a todos nós.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poderá também gostar de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

FemmeApoteose Copyright © 2010 Designed by Ipietoon Blogger Template Sponsored by Emocutez